Genie
Levando em conta o caso de Genie que permaneceu, durante 14 anos, prisioneira em um quarto, ao qual quase não chegavam estímulos visuais ou auditivos e sob as ameaças constantes do pai que a condicionou, ao agredi-la de cada vez que emitia sons. Quando foi encontrada Genie não tinha desenvolvido a capacidade da fala. Tudo mudou quando Genie foi libertada e começou a explorar o meio ambiente com a ajuda de especialistas. Ela evidenciou uma evolução significativa começou a explorar intensamente o meio ambiente, tal como uma criança pequena, utilizando o tato para se familiarizar com as coisas e pessoas que a rodeavam. Nas palavras dos médicos, explorava “como se fosse cega”, utilizando o toque para se relacionar com o meio. Também adquiriu um vocabulário razoável, aprendendo a utilizar uma língua por intermédio de repetição das palavras que escutava. Ela sofreu um retrocesso no momento em que foi reprimida por uma das famílias de acolhimento por onde passou, possivelmente, por ter estabelecido uma associação à forma como o pai a punia de cada vez que emitia sons.Mais tarde, acabou por ser capaz de estabelecer vínculos de ligação e confiança, que certamente terão influenciado bastante a sua capacidade para aprender e melhorar.
No processo de aquisição da linguagem de uma criança é muito importante que as experiências relacionadas sejam promovidas desde cedo, pois, se a estimulação para a linguagem surgir demasiado tarde, não é possível a aquisição da linguagem de forma normal. Esta estimulação permite que a criança se vá familiarizando com o código lingüístico dos pais.
Portanto, concluímos que os fatores do meio desempenham um papel decisivo na determinação do modo como a componente genética