Generico Lirico
A partir do momento em que o conteúdo do poema e a música se desligaram, o ritmo foi preservado através da metrificação dos versos, ou seja, do estabelecimento de uma medida para eles, contabilizada pela quantidade de sílabas poéticas.
Chamamos de sílabas métricas ou sílabas poéticas cada uma das sílabas que compõem os versos de um poema. As sílabas de um poema não são contadas da mesma maneira que contamos as sílabas gramaticais. A contagem delas ocorre auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que estamos escandindo os versos. A partir dessa escansão é que podemos classificá-los.
Para contarmos corretamente as sílabas poéticas, devemos seguir os seguintes preceitos:
1. Não contamos as sílabas poéticas que estão após a última sílaba tônica do verso.
2. Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
3. Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas, podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só sílaba poética.
Observe a escansão dos versos de um trecho do poema “A língua do nhem”, de Cecília Meireles.
Junção das vogais Sílaba tônica
No verso tradicional a quantidade de sílabas (a métrica) do poema é fixa: eles terão de uma a doze sílabas. No verso moderno, porém, a métrica é livre, ou seja, cada verso poderá conter o número de sílabas que o poeta achar conveniente. Por essa razão, o ritmo também é apresentado de maneira livre, de acordo com o desejo do autor.
Vocábulos, aliterações – repetições das mesmas letras, sílabas ou sons numa frase. A aliteração é a figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes. Veja um exemplo neste verso de Caetano Veloso:
“Acho que a chuva ajuda a gente se ver”.
Observe que o eu lírico