Bocage
Professora: Daniela
Disciplina: Literatura
Aluna: Jullya Lopes
Aluno: Daniel Figueiredo
Aluno: Luis Gustavo
Turma: FG 1002
Bocage
Araruama
2014
Na segunda metade do século XVIII, a Europa passa por grandes transformações. No que diz respeito ao campo ideológico, tem-se a difusão do pensamento enciclopédico de D’Alembert, Diderot e Voltaire, em 1751; consequentemente a essa nova visão ideológica, em 1789 é deflagrada a Revolução Francesa. O ideal iluminista, onde a razão e o progresso são cultuados, passa a ser difundido e absorvido por diversos intelectuais, dentro e fora da Europa.
Portugal ainda vive os resquícios do “período das trevas”, em que as tradições ideológicas são baseadas em dogmas e princípios imutáveis, sombra da estrutura medieval: respira-se ainda o Barroco. Com apoio de D. João V (que reinou de 1707 a 1750) a Luis Antonio Verney (1713-1792), Portugal começa a ter contato com os ideais iluministas franceses, já que Verney tem ascendência francesa e sua graduação em Teologia teve base enciclopédica. Ele propôs a reforma geral do ensino superior em Portugal e, com sua ativa participação na propagação dessas novas perspectivas, o ensino religioso (e medieval) tão arraigados nas escolas entra em crise.
A partir de então, Portugal começa a respirar novos ares, pois a Universidade abre as portas para as outras concepções. Mas é Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal (1699-1782), sob o reinado de D. José I (1750-1777), que de fato promove a difusão do ideário iluminista, oportunidade em que Portugal experimenta um clima de efervescência cultural que dá origem à estética literária do Arcadismo, também conhecida como Neoclassicismo.
Assim, em 1756, é fundada a Arcádia Lusitana por Antonio Dinis da Cruz e Silva, Manuel Nicolau, Esteves Negrão e Teotônio Gomes de Carvalho. Buscando romper com o movimento Barroco, o Arcadismo vai buscar no Classicismo sua fonte de inspiração. Assim são assimilados