Gadamer e a hermenêutica
Resumo: Um alemão que ultrapassou um século, Gadamer presenciou as duas guerras mundiais. Tentando fugir desse pensamento bélico, se dedica à hermenêutica, também já estudada por Heidegger. A hermenêutica de Gadamer procura se afirmar como uma racionalidade. As exigências dessa tal racionalidade surgem exatamente da oposição a uma época onde a procura pelo saber segue de forma estreita a racionalidade dos procedimentos empírico-formais. A obra mais famosa de Gadamer é “Verdade e Método”, que trata sobre o diálogo hermenêutico. A Hermenêutica como sendo a arte de interpretar, tem para ele como uma tarefa possível, mas finita. De um texto, sempre é possível novas e melhores interpretações. Gadamer também julga o povo dizendo: “Quanto mais a sociedade contemporânea se desenvolve no que diz respeito aos aspectos técnicos e científicos, mais ela se mostra incapaz para o diálogo”. É justamente esse diálogo que ele fala, que com o tempo vai diminuindo pois a sociedade tende a ficar cada vez mais moderna e industrializada, voltando-se para o trabalho e consumo e esquecendo do diálogo. O diálogo deve ser resgatado como núcleo central das ciências humanas e da própria pedagogia, pois é através do diálogo que se é transmitido a maior parte do conhecimento. E ele deve ser feito através de um acordo de ambas as partes, e implica em nossa reação frente ao outro, implica deixar realmente espaço para seus pontos de vista e colocar-se no seu lugar, não no sentido de querer compreendê-lo com essa individualidade, mas compreender aquilo que ele diz. E ainda Gadamer afirma: Um diálogo só se torna verdadeiramente diálogo, quando “algo do outro veio ao nosso encontro que ainda não havíamos encontrado em nossa experiência própria do mundo. E é esse diálogo que ele dá total importância, pois uma filosofia nasce dialogando e só tem sentido pelo diálogo e isso vale também para a pedagogia, pois uma relação professor-aluno muito fria não pode