Furtado
Pagina 14: “As idéias matrizes da economia política clássica, orientadas para a explicação do progresso das nações,partem da simples evidência de que os níveis de riqueza das coletividades humanas variam consideravelmente, no tempo e no espaço. Por trás da idéia de riqueza está a acumulação, que para o economista assume uma dupla forma: a de um fluxo (formação de capital: investimento), e a de um estoque (capital já acumulado: capacidade de produção).”
Pagina 19: “Interessa-nos frisar que a estratificação social – relações assimétricas entre grupos ou agentes sociais com repercussões significativa a existência da especialização ao nível das atividades produtivas,ou seja, de aumento na eficácia do trabalho, mas deve ser considerada como um processo autônomo,como um dado primário na explicação da existência de um excedente, que não seja a simples contrapartida do processos básicos: a divisão social do trabalho e a estratificação social. O primeiro não é causa suficiente para que exista um excedente e o segundo não poderia existir na ausência do primeiro. Em síntese: o tema central da teoria do excedente são as formas inigualitárias de apropriação do fruto do aumento da produtividade do trabalho.
Pagina 23: “ A diferença entre custo de reprodução da população (inclusive componente social) e produtividade social é maior na Inglaterra do que na Suécia posto que neste ultimo país a sociedade é mais igualitária. Se as empresas inglesas tem uma menor capacidade competidora,deve-se isto a que na Suécia o excedente se destine em quantidade relativamente maior a alimentar a acumulação ao nível do sistema produtivo.A evolução sueca fez-se em condições internacionais menos favoráveis, pois esse pa´si não dispunha de poder político para impor condições nos mercados em que operava e suas empresas enfrentavam as limitações decorrente da estreiteza do mercado interno ”
Pagina 25: “ A existência de um excedente significa por si só que