Celso Furtado
1 – Quais as principais contribuições do autor?
Em todas as suas obras as principais contribuições de Celso foram ao sentido econômico. Ele cria uma visão sistêmica do desenvolvimento histórico com uma percepção do interesse público. Com uma visão de Estado e a sua mudança de postura em relação ao Brasil, portanto, uma visão de grande alcance e ao mesmo tempo informada com rigor analítico, precisão conceitual, domínio da teoria econômica. Ele baseia-se na ideia do equilíbrio neoclássico. Um das suas contribuições foi a sua teoria estruturalista da Cepal, que mostra como se estabeleceu a relação entre colônias e metrópoles, países desenvolvidos e subdesenvolvidos, centro e periferia. Sua sensibilidade para a influência da cultura chamou a atenção para problemas, como os padrões de consumo das classes dominantes latino-americanas, um fator de perpetuação do subdesenvolvimento. O autor também contribuiu com a formação do estruturalismo brasileiro através da integração entre crescimento e distribuição de renda e a análise da tendência à continuidade do subemprego. Que formou o conceito de que o subdesenvolvimento na periferia tende a ser preservado, devido à sua dificuldade de superar as condições básicas. Ele discute também a industrialização acreditando que não seja somente uma fase e sim o subdesenvolvimento é um processo estrutural específico, um tanto quanto indireto, que tem como consequência do desenvolvimento dos países industrializados. Esse fato no Brasil cria uma industrialização dependente dos países já desenvolvidos, que já não pode ser superado sem uma intervenção estatal.
2 – Quais as principais controvérsias?
Quando o assunto é indústria o autor coloca em pauta somente aquilo que é do seu interesse de estudo, por exemplo, em nenhum momento ele comenta as origens da indústria no Brasil, ele se interessa somente pelo processo de “deslocamento do centro dinâmico" da economia brasileira: a atividade voltada para o mercado