saude da mulher
As drogas podem ser administradas à mãe por diversas vias, tais como oral, injetável venosa ou intramuscular, supositórios anal ou vaginal, aerossol, tópica por meio de pomadas e cremes. Uma vez no sangue materno, os medicamentos podem ser transferidos parcialmente para a glândula mamária e, daí, serem excretadas para o leite. Assim, a presença e/ou a concentração da droga no leite dependerá, entre outros fatores, da via de administração à mãe. Para ser transferida para o leite materno, a droga precisa alcançar o tecido alveolar da glândula mamária. O fator determinante da quantidade de droga que aparece no leite é a sua concentração no sangue materno, exceto nos casos de medicamento de aplicação tópica diretamente na mama.(1)
Durante a lactação, a passagem de drogas do sangue para o leite materno ocorre através de mecanismos envolvendo membranas biológicas, as quais possuem em sua constituição proteínas e fosfolípides. Após atravessar o capilar endotelial, a droga passa para o interstício e atravessa a membrana basal das células alveolares do tecido mamário. Assim, proteínas e lípides da membrana exercem influência na velocidade da passagem e, na concentração da droga no leite humano. Como uma forma simplificada e para fins práticos, estima-se que a quantidade de um medicamento excretado no leite não ultrapasse a 2% da dose administrada à mãe. Embora se acredite que quantidades moderadas de muitos medicamentos não apresentem riscos para o lactente, algumas substâncias são preocupantes por suas reações adversas conhecidas ou suspeitas. Por exemplo, recém-nascidos prematuros, por dificuldades em metabolizar e excretar medicamentos devido à imaturidade renal, hepática e de sistemas enzimáticos, seria mais suscetível aos efeitos adversos de drogas eliminadas no leite materno.(1)
Os mecanismos mais prováveis de excreção de drogas para o leite materno são os seguintes: difusão passiva, difusão intercelular, ligação com proteínas