Saude da mulher
Baseado no pressuposto de que saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim uma série de fatores que contribuem para a sua existência, onde está inserido o contexto cultural, histórico e antropológico. A saúde envolve múltiplos aspectos da vida, que se fazem presentes o meio ambiente, o lazer, a alimentação bem como as condições de trabalho, moradia e renda. Em se tratando das mulheres, esses problemas agravam-se pela discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades domésticas, outros fatores como raça, etnia e pobreza realçam ainda mais essas desi¬gualdades.
Saúde é ter moradia decente, água potável para beber, é garantia de que a comida estará sempre à mesa, é a garantia de que os filhos terão escola adequada é, enfim, poder dormir e acordar com dignidade. Para ter saúde é importante também dispor de serviços de saúde nas situações de necessidade.
Estatísticas tem mostrado que as mulheres vivem mais do que os homens, porém adoe-cem mais frequentemente, isso se dá a porque a mulher é mais susceptível frente a certas doenças e os óbitos estão mais relacionados com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos. Esse trabalho tem como objetivo identificar estratégias e programas de saúde que podem atender a mulher de forma holística e que propõe diretrizes para a humanização e a qualidade do atendimento, mostrando também a relevância do profissional de enfermagem nesse contexto.
DESENVOLVIMENTO
Nas primeiras décadas do século XX no Brasil, foi incorporada a saúde da mulher nas políticas nacionais de saúde, porém limitada, sendo às demandas relativas à gravidez e ao parto. Os programas materno-infantis nas décadas de 30, 50 e 70, mostravam uma visão restrita sobre a mulher, na qual era baseada em sua especificidade bio¬lógica e no seu papel de mãe e doméstica. Movimento feminista brasileiro criticavam esses programas de perspectiva reducionista com que