Freinet (1896 – 1966) pregou uma nova escola a partir de uma filosofia de vida mais libertadora e foi tão bem sucedido que sua iniciativa está latente até hoje em escolas de todo o mundo. Ideias como aulas-passeio; troca de correspondência entre escolas; texto livre, que é a atividade onde a criança se expressa fazendo uma poesia, um texto, um desenho ou o que quiser; a correção em público das tarefas; grupos para fazer trabalhos; livro da vida, atividade que permite a exposição da forma como a criança vê a aula e a vida e imprensa escolar foram concebidas por ele. Na Europa do século XIX o ensino começou a ser livre e não mais só para quem tinha condições de bancar um professor, algo muito difícil de fazer já que quase todo mundo era analfabeto por lá. Mesmo assim o ensino começou a entrar em contato com a população leiga, tornando-se um direito de cada civil. Três anos de ensino primário como obrigação e mais um pra quem ficasse interessado e quisesse continuar. Foram construídas muitas escolas e o número de professores aumentou bastante. Aumentou também a quantidade de matérias estudadas e, nos fins do século, os anos de estudos, que ainda eram precários. Freinet nasceu no ano de 1896, final do século XIX, e passou um período desagradável como estudante. Juntando a isso a experiência como soldado na primeira guerra mundial o resultado produzido em Freinet foi um desejo de investir tempo e energia para tornar o mundo um lugar melhor, tanto quanto fosse possível. Ele fez isso integrando o grupo dos que revolucionaram os métodos que o liberalismo clássico estabeleceu para o ensino. Pode-se perceber que a base do empreendimento pessoal foi o sincero e profundo respeito que Freinet tinha pelas crianças. Ele sempre defendeu que a criança possui a mesma natureza do adulto devendo, portanto, ser tratada como igual, sem demonstração de superioridade por parte de quem lhe ensina. Freinet se distingue dos outros pensadores de sua época