Freelancers abrem espaço nas grandes empresas
Mas desde 2011 essa equipe começou a dividir projetos com um time paralelo, formado por especialistas conectados pela internet em todo o mundo. Nenhum deles tem um contrato formal de trabalho com a IBM. Executam tarefas específicas, como a criação de softwares, e partem para outra.
Após uma seleção virtual, eles trabalham remotamente na própria casa e têm de 12 horas a sete dias para entregar os resultados propostos. Um vídeo produzido para recrutar candidatos na rede menciona que o modelo permite que a empresa entregue resultados mais rapidamente para os clientes. E, claro, a um custo mais baixo. A empresa mantém em sigilo os detalhes e, procurada, não deu entrevista.
A rede de colaboradores da IBM mostra como o modelo tradicional de emprego, em que as pessoas trabalham todos os dias num escritório para um único patrão, começa a perder espaço. Segundo a consultoria americana Elance, que conecta empresas a freelancers de mais de 150 países, a base de companhias que contratam esses profissionais passou de 850 000 para 1,3 milhão apenas no último ano.
É um universo difícil de mensurar, já que muitas vezes não há vínculo formal entre os profissionais e as empresas. Mas só nos Estados Unidos estima-se que 40 milhões de pessoas — o equivalente a um terço da força de trabalho americana — dedicam-se a trabalhos independentes, segundo o Freelancers Union, sindicato desses profissionais no país. Na Alemanha, apenas metade das pessoas trabalha 8 ou 9 horas por dia e cinco dias por semana para o mesmo empregador.
Esses números são resultado de uma lenta mudança na relação entre empregados e empregadores. As gerações mais novas querem liberdade para trabalhar em casa ou em