fraude em seguradoras
O CRESCIMENTO DAS FRAUDES NAS EMPRESAS NO BRASIL
Está cada vez mais fácil roubar dentro das empresas. Em todo o mundo, crimes contra as empresas constituem hoje a segunda maior fonte arrecadadora ilícita de dinheiro, perdendo apenas para o narcotráfico, segundo estudo elaborado pela Deloite na Europa. Há de tudo: corrupção, falsidade ideológica, furto de informações, espionagem, tráfico de drogas, chantagem e extorsão. Os crimes são praticados em todos os níveis hierárquicos, individualmente, em pequenos grupos ou em quadrilhas com dez pessoas ou mais. Especialistas na análise e combate ao crime organizado têm apontado o cada vez maior envolvimento da máfia italiana, russa, chinesa e japonesa no controle de organizações empresarial, não mais como fachada, mas para a perpetração de crimes.
O estudo pioneiro da ACFE e o da GBE, feito sob orientação da FEA-USP, chegaram a conclusões preocupantes. Segundo a ACFE, o equivalente a 6% da receita bruta das empresas dos Estados Unidos é desviada em crimes de fraude e abuso ocupacional, correspondente a US$ 400 bilhões anualmente, ou 6% do PIB (Produto Interno Bruto). No Brasil, a análise sobre respostas de 1511 empresas entre as 500 Melhores e Maiores de 1996 indicaram que as fraudes internas causaram perdas equivalentes a 1% do faturamento em 85,48% das companhias pesquisadas. Os dados não conferiam com a experiência da GBE Peritos. Nos contatos com clientes, quando questionados sobre quanto perdem com fraudes as respostas indicavam a média de 6% do faturamento.
À época, concluímos que a crescente conscientização dos empresários quanto às fraudes internas nas empresas americanas não existia ainda no Brasil. Entendemos que a diferença em relação à pesquisa e a realidade do trabalho poderia ser explicada pela incapacidade das auditorias e controladorias de detectar tais perdas ou pelo temor de informar as ocorrências registradas.
De uma maneira geral, os alertas não surtiram efeito. As