fratura exposta
A fratura é a quebra da continuidade da superfície óssea, podendo ocorrer quando o mesmo é submetido a estresse maior do que ele pode suportar. Há uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea, podendo ser fechada ou exposta. As fraturas fechadas são aquelas em que o osso fraturado permanece no interior dos tecidos onde normalmente se aloja, não havendo ferimento na pele causado pela ponta do osso quebrado (Brasil, 2002). De acordo com Müller et al (2003) fratura exposta é aquela em que há quebra na barreira da pele e tecidos moles adjacentes levando a comunicação direta entre o meio externo e a fratura e seu hematoma. Como o meio interno, no caso dos membros, é estéril, o contato com o meio ambiente muda esta situação, transformando-o em contaminado. Dependendo do tempo de exposição, até o início do tratamento, e do sucesso ou não do procedimento cirúrgico inicial, a contaminação pode evoluir para infecção de partes moles e também do osso.
Conforme Cunha et al (2003) a classificação de fraturas expostas mais utilizada atualmente é a de Gustilo: Tipo I: fratura exposta, limpa, exposição menor que 1 cm, lesão óssea simples e mínima lesão de partes moles; Tipo II: fratura exposta, com moderada contaminação, exposição de 1 a 10 cm, lesão óssea com moderada cominução, moderada lesão de partes moles e alguma lesão muscular; Tipo III: fratura segmentar, com grande contaminação, exposição maior que 10 cm, divide-se em IIIA (dano extenso e grave das partes moles, lacerações, sendo possível cobrir o osso fraturado com partes moles); IIIB(cobertura inadequada de partes moles ao osso, normalmente requer cirurgia reconstrutiva de partes moles) e IIIC (lesão vascular que precisa ser reparada).
Historicamente Hipócrates relata estudos de pacientes gravemente feridos nas guerras, tratados com ferro (faca) ou fogo (cauterização). Galen e seus seguidores reconheceram também a purulência e sua necessidade para o processo reparador dos graves feridos da