Fratura Exposta
A fratura exposta ocorre quando uma extremidade óssea passa para o lado externo da pele, constituindo uma lesão que provoca diferentes intensidades de danos aos tecidos moles.
Inicialmente, quatro fatores essenciais devem ser reconhecidos, servindo como orientação no tratamento:
A. Trinta por cento dos pacientes com fraturas expostas são politraumatizados. Um politraumatizado tem dois ou mais sistemas lesados: cabeça, tórax, abdômen, pelve, extremidades etc.
Insuficiência respiratória e cardíaca, trauma craniano e medular, lesões arteriais e fraturas (incluindo as expostas) são, pela ordem, relacionados quanto à gravidade, colocando em risco a vida do paciente. Uma equipe médica comandada por um cirurgião experiente em trauma, composta por especilistas de diversas áreas, torna-se necessária para o perfeito atendimento ao paciente. Outra participação importante é a do anestesiologista, o qual deve ter profundo conhecimento da fisiopatologia do trauma e experiência para manter um paciente durante o longo período requerido para os procedimentos de emergência.
Sempre que o paciente está sob anestesia para tratar uma lesão cervical, torácica ou abdominal, a fratura exposta pode ser tratada simultaneamente pelo ortopedista.
Assim, nunca devemos nos preocupar apenas com o quadro da fratura exposta — esta pode aguardar até oito horas para seu tratamento. Devemos, sim, sempre identificar inicialmente as situações que colocam em risco a vida do paciente e resolvê-las (traumas torácicos, hemoperitônio, trauma craniano etc.).
B. Outro fator essencial são os vários graus de lesão dos tecidos moles, e da gravidade do envolvimento ósseo. A classificação das fraturas expostas é baseada na extensão das lesões das partes moles e ósseas, além da gravidade do trauma, que são fatores importantes para determinar o início do tratamento, os parâmetros a serem seguidos e o curso dos eventos subseqüentes. Permitem também, quase sempre, um eventual