fran
Ainda nesse período de duas décadas encontramos alguns sucessores dos simbolistas Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens, como Emiliano Perneta e Pedro Kilkerry, além de vozes poéticas que poderiam ser classificadas como independentes. Nesse último grupo merecem atenção Raul de Leoni e Augusto dos Anjos, "dois valores artísticos", segundo Alfredo Bosi, "que transcendem as características literárias da época, tendo, por isso, resistido à demolição modernista".
No que se refere à prosa, Coelho Neto e Afrânio Peixoto ainda escreviam, mas seguindo antigas escolas literárias, como a parnasiana ou a realista. ecursores de 22
Ao mesmo, no entanto, começam a surgir ficcionistas que manifestam visível tendência nacionalista - ou, melhor dizendo, regionalista - e que são os primeiros e verdadeiros pré-modernistas:
Simões Lopes Neto (1865-1916) - gaúcho, é a principal figura do regionalismo rio-grandense, com Contos gauchescos (1912) e Lendas do Sul (1913). Afonso Arinos (1868-1916) - mineiro, seu principal livro é a coletânea de contos Pelo sertão (1898). Valdomiro Silveira (1873-1941) - seus contos retratam o caboclo do interior paulista. Disputa com Afonso Arinos o título de introdutor do regionalismo na literatura brasileira. Publicou sua obra em jornais e revistas, de maneira que grande parte dela encontra-se inédita em livro. Teve apenas quatro livros editados, dentre eles: Mixuangos (1937) e Lereias (1945). Monteiro Lobato (1882-1948) - três livros de contos (Urupês, 1918, Cidades mortas, 1919, e Negrinha, 1920) centralizam sua narrativa em parte