Formação socioeconomica brasileira - a expansão industrial
A expansão e multiplicação do mercado ocorreram ao final do século XIX devido à abolição e chegada dos imigrantes europeus promovendo a implantação do trabalho livre. Investimentos estrangeiros promoveram infra-estrutura urbana e em 1901 instalou-se a primeira hidroelétrica paulista com capital estrangeiro. Muitas regiões brasileiras tiveram o crescimento urbano-industrial descentralizado, destacando-se o Rio de Janeiro que era a capital e dispunha de cobrança de taxas portuárias, mão-de-obra barata e detinha o maior parque industrial do país que só em 1920 foi ultrapassado por São Paulo. Salvador se destacou com oferta de matéria-prima, e investimentos no setor fabril. Pernambuco implantou as primeiras indústrias têxteis e destacou-se no comercio com a rede Casas Pernambucanas. Minas destacou-se com exploração mineral, artesanato e pequenas fábricas. Rio Grande do Sul com propriedades agrárias. Santa Catarina no desenvolvimento fabril diferenciado.
Fatores determinantes da industrialização foram investimentos em estradas de ferro, bancos, comercio portuário, indústria têxtil e de alimento. Rui Barbosa incentivou a industrialização iniciando um processo de endividamento continuo. A economia cafeeira organizou-se para o mercado externo e adquiria produtos dele, desmotivando a produção nacional. O café produzido valorizou a moeda e, aumentando a oferta, promoveu a queda dos preços que em 1906 o governo foi obrigado a comprar o excedente da produção com empréstimos externos. As crises do café fizeram parte da história entre 1889 e 1914, época em que houve duas renegociações da dívida externa por Campos Salles e Hermes da Fonseca. A Primeira Guerra trouxe o declínio do preço do café e extinguiu a exportação e dificultou a importação de insumos. Em 1920 acelerou-se a industrialização, promoveram-se políticas de valorização de produto financiadas pelo Banco do Brasil e todo capital de exportações era investido em indústrias. A energia, o