Formação Econômica do Brasil
Graduando de Relações Internacionais.
Professor: Marcos Alves Valente
Formação Econômica do Brasil
1. Porque no capitulo XXX Furtado afirma que o erro da política foi não compreender a natureza colonial da produção de café no Brasil?
O autor começa o capítulo contextualizado o ultimo decênio do século XIX, dizendo que existia no Brasil um cenário favorável à expansão da cultura cafeeira, e não passou por crises como a asiática que foi fortemente prejudicada por enfermidades. No Brasil o produto com maior vantagem relativa era o café, enquanto seu preço não diminuísse os produtores de matéria-prima continuariam a empreender seu tempo em tal produto, mas no Brasil a elasticidade da mão-de-obra e a abundância de terras, variáveis constantes aos países produtores de café, indicava uma diminuição do preço do produto em longo prazo graças a empreendimentos como estradas de ferro, portos e meios de transporte marítimos que passaram a crescer no final do século. Dessa forma, no caso brasileiro, enquanto o preço continuava alto a oferta do café tendeu a crescer em função da disponibilidade de mão de obra e terras desocupadas, além da vantagem brasileira na exportação de tal produto, como por exemplo, as condições climáticas excepcionais que o Brasil era dotado fazendo com que o Brasil controlasse 75% da oferta mundial de café. Com isso o Brasil detinha a capacidade de manipular a oferta mundial de café e o seu preço, na primeira crise de superprodução ficou evidente aos produtores de café a capacidade de defenderem-se contra a baixa de preços, tudo que necessitavam era recursos financeiros para reter parte da produção, para contrair a oferta. Embora o preço pudesse ser controlado nas primeiras pelo aumento de estoque de café e depreciação externa da moeda, essa excessiva pressão levou a uma crescente insatisfação social e políticas que tentaram recuperar a taxa de cambio, eis que os estoques de café