Formação econômica do brasil
Em “Formação Econômica do Brasil”, Celso Furtado conta a história do Brasil levando em conta os aspectos econômicos, desde a época de colonização, até meados do século XX. Para contar essa história, Furtado dividiu seu livro em cinco partes.
PARTE 1- Fundamentos econômicos da ocupação territorial
Nos sete primeiros capítulos, Celso Furtado conta a história de como a expansão comercial europeia trouxe Portugal para colonizar o Brasil. A primeira atividade empreendida, como forma de marcar território, foi a exploração do pau-brasil. Contudo, o que consolidou o primeiro ciclo econômico do Brasil, ou ilha econômica, foi a empresa agrícola da cana-de-açúcar. A explicação do êxito da colonização portuguesa baseada na exploração comercial da cana-de-açúcar, no século XVI e início do XVII, e de sua decadência posterior, é feita em conjunto com a análise do tipo de colonização empreendida nas Antilhas e na América do Norte. É a partir dessa análise, que o autor explica os contrastes entre as economias brasileira e norte-americana no século XIX, fazendo uma comparação à época colonial.
Furtado argumenta que o tipo de atividade econômica que prevaleceu na América do Norte até o século XVII era compatível com a pequena propriedade de base familiar e desvinculada do compromisso de remuneração de grandes capitais. Dessa forma, diferente do Brasil, na América do Norte houve menos concentração de renda, dificultando a formação de monopólios. Em um trecho, o autor deixa isso bem claro:
“(...) ao contrário do que ocorria nas colônias de grandes plantações, em que parte substancial dos gastos de consumo estava concentrada numa reduzida classe de proprietários e se satisfazia com importações, nas colônias do Norte dos EUA os gastos de consumo se distribuíam pelo conjunto da população, sendo relativamente grande o mercado de objetos de uso comum.”
Quanto ao açúcar desenvolvido nas Antilhas, que provocou a queda das exportações