FORMAÇÃO ECONOMICA DO BRASIL

RESENHA CRÍTICA
Título: Formação do Brasil Contemporâneo
Livro: Formação Econômica do Brasil, Caps. 1 a 7 (Celso Furtado) – 34ª Edição - São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Celso Furtado era bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, economista por ocupação e doutor em Economia pela Universidade de Paris-Sorbone, sendo considerado um dos mais destacados intelectuais brasileiros ao longo do século XX. Estudou sozinho economia e tinha uma capacidade invejável de visualizar as coisas que emergiam na década de 30, quando a esquerda começa a surgir no pais. Iniciou seu doutorado em 1948, no qual investiga a economia brasileira no período colonial, que deu origem à obra em referência. Sua obra, Formação Econômica do Brasil, objeto desta análise, escrita em 1958 e publicada em 1959, é considerada um clássico da historiografia econômica brasileira e retrata as possibilidades de intervenção racional do Estado no processo de desenvolvimento econômico. O autor não se propõe apenas em apresentar um esboço do processo histórico da formação da economia brasileira. Sua pretensão vai além: descortinar uma perspectiva o mais ampla possível, capaz de captar as inter-relações e as cadeias de casualidade que constituem a urdidura dos processos econômicos. (FURTADO, 2007 – pág. 21). São mais de 300 páginas que poderiam, sem prejuízo ao conteúdo da obra, ser reduzidas a 150, pois, sua análise aprofunda a descrição dos fatos que, por vezes, se repetem ao longo do texto. Nem por isso, sua obra deve ser desqualificada, tendo merecido reconhecimento na literatura brasileira. Nos capítulos 1 ao 7 o autor apresenta uma análise dos processos econômicos brasileiros do século XI ao século XVII, cujos resumos e críticas são apresentados a seguir. No Cap. 1 o autor analisa o desenvolvimento econômico de Portugal no século XV como um fenômeno na expansão comercial europeia. É o inicio da ocupação econômica do território brasileiro, traduzido pelo autor como uma consequência da