formação dos professores de geografia
As Universidades têm recebido um grande número de alunos nos cursos de Licenciatura em Geografia, com deficiências de aprendizado dos anos anteriores, exigindo do professor uma mudança na postura em sala de aula para corrigir falhas e envolvê-los no estudo. Nessa perspectiva ressalta-se que ao final do curso, muitos desses alunos são lançados no mercado de trabalho sem a mínima condição para assumir uma sala de aula. Destarte, o problema na realidade do ensino de Geografia gravita em torno da formação que os professores recebem, a qual se dá através de práticas pedagógicas tradicionais e pouco eficazes. Permite-nos inferir, que esses profissionais não conseguem ao final da graduação e, ao passo que assumem uma sala de aula, elaborar práticas pedagógicas inovadoras que transcenda os aspectos voltados para o fazer da prática pedagógica. Se não tem uma boa formação, conseqüentemente não serão bons profissionais e isso irá refletir no ensino da geografia escolar. Isso tem gerado um círculo vicioso.
Bem sabemos que a aprendizagem envolve, em certo sentido, uma mudança de comportamento, por meio da experiência. Mas a experiência não é a única condição para que a aprendizagem se efetue. Eis aí a questão: os cursos de Licenciatura em Geografia fornecem condições pré-existentes no aluno para que a aprendizagem se inicie, isto é, no decorrer do mesmo certo nível de maturidade foi alcançado?
Em relação à formação de professores e a aquisição da experiência, Cavalcanti (2002, p. 22-23) argumenta:
A pesquisa no campo da formação de professores tem procurado encontrar essas respostas, ou seja, tem valorizado a prática escolar e a experiência cotidiana do professor enquanto elementos para a compreensão do ensino e de seus componentes. Essa experiência do cotidiano da escola é um dos instrumentos para a compreensão da formação do professor, já que sua identidade é também construída e