Formação continuada de professores de ciências
FORMAÇÃO
CONTINUADA
DE
PROFESSORES
DE
CIÊNCIAS:
PERCEPÇÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA CUNHA, Ana Maria de Oliveira - ( UFU) KRASILCHIK, Myriam - (USP) O presente trabalho consiste na descrição de parte de uma pesquisa de doutorado, a cujo objetivo de estudar questões ligadas à epistemologia do professor se aliaram preocupações concernentes à formação continuada, consistindo em mais uma tentativa de produzir elementos capazes de contribuir para a adequação de propostas de ensino voltadas para a formação inicial ou continuada de professores. Analisa o envolvimento de três professoras, que depois de freqüentarem um curso de mudança conceitual de oitenta horas, se dispuseram a ministrar outros cursos também para professores, fazendo-o com relativo sucesso. A experiência aponta alguns caminhos para se pensar cursos de formação continuada, envolvendo os próprios professores da rede pública, como também apresenta algumas indicações para esses cursos com base na avaliação dos envolvidos na pesquisa. A importância da formação continuada para professores A preparação do professor de Ciências é hoje reconhecida como o ponto crítico na reforma da educação em Ciência (Adams & Tillotson, 1995). No momento, no Brasil este tema está na pauta de qualquer discussão sobre a melhoria do ensino e existe uma grande preocupação nessa área, evidenciada no crescente interesse em pesquisas com formação inicial e continuada de professores. Segundo Carvalho (1995), da leitura que se faz sobre a escola de Ensino Fundamental, algumas questões são enfatizadas, tais como: a memorização, os aspectos descritivos da realidade concreta, o distanciamento cada vez maior do cotidiano e do interesse do aluno e a compreensão da Ciência como processo a-histórico e revestido de uma pretensa neutralidade. Nas tentativas que se faz de identificação das causas mais imediatas da situação em que a escola pública encontra-se hoje, surgem com bastante evidência: as condições objetivas de