Florestan Fernandes e a Defesa da escola Pública
"Afirmo que iniciei a minha aprendizagem sociológica aos seis anos, quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto e penetrei, pelas vias da experiência concreta, no conhecimento do que é a convivência humana e a sociedade" (Florestan Fernandes)
* Dados do Autor:
Florestan Fernandes nasceu em 1920 em São Paulo, filho de uma imigrante Portuguesa, doméstica, que o criou sozinha.
Com apenas 6 anos Florestan Fernandes começa a trabalhar como engraxate, depois teve diversos ofícios. Aos 9 anos a necessidade de ganhar dinheiro o fez abandonar os estudos, que só recuperaria anos depois através de um curso supletivo, aos 18, foi aprovado para o curso de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo e, por essa época, iniciou sua militância em grupos de esquerda.
Depois do golpe militar de 1964, Florestan enviou uma carta à polícia protestando contra o tratamento dado a seus colegas presos e foi, ele também, para a prisão. Em 1969 foi cassado pelo regime militar.
Sem poder trabalhar, deixou o Brasil e lecionou em universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Depois da “redemocratização”, filiado ao Partido dos Trabalhadores, elegeu-se deputado federal em 1986 e 1990. Florestan morre em 1995, de câncer, deixando um legado de quase 80 livros escritos durante a sua vida de pesquisador nos campos da sociologia, da antropologia e da educação.
* No que constituiu a defesa da Escola Pública.
A luta da defesa pela escola Pública constituiu-se primordialmente no Brasil numa luta política, no sentindo de se construir uma nação mais justa e igualitária socialmente, tendo a educação como um dos fortes instrumentos para tal transformação.
Nesse sentido Florestan Fernandes lança sua campanha em defesa da escola Pública, trabalhando criticamente em cima do projeto de lei das Diretrizes e Bases da Educação nacional. Procurava ainda arrancar e romper com