EDUCAÇÃO
No sistema educacional brasileiro, encontramos instalado uma verdadeira desordem. As escolas públicas, que deveriam ser vistas como um investimento no futuro do país, são esquecidas pelo poder público e sem os devidos incentivos, não conseguem alcançar níveis satisfatórios de estrutura, ensino, e consequentemente de educação. Essa situação, tem também uma raiz histórica. Na época ditatorial, as forças estudantis, e sindicais, impulsionavam para uma revolução no processo de educação. Porém, a opressividade que ali exista, desorientou tudo que era planejado, e todas as novas visões que deveriam ter sido implantadas, foram barradas, desencadeando problemas que são vistos, e não foram resolvidos até hoje. Todo esse cenário, fez com que a escola pública, sofresse consequências como: o enfraquecimento das escolas públicas, pelo ensino de má qualidade, a desvalorização dos professores, pelo fato de se requerer maiores especializações, e a desvinculação da escola pública da sociedade, visto que as escolas particulares eram a grande referência. Nota-se aqui, a presença do poder econômico forte, que sempre mexeu nas bases das sociedades. A partir do momento que os burgueses agora tinham lucros com educação, nada mais pôde ser feito em favor de escolas democráticas e igualitárias para todos. De acordo com Anísio Teixeira, (Educação é um Direito,São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968, p. 66).:
"O fato de se fazer pública a educação não lhe retira o caráter de serviço em estreita articulação com a sociedade. A sociedade é mais ampla do que o Estado. Quando as circunstâncias a levam a transferir ou confiar ao Estado o ônus de ministrar e manter o ensino, a delegação é feita no pressuposto de serem dadas à escola as condições necessárias para o seu mais adequado funcionamento, no interesse geral da sociedade".
O grande educador Anísio Teixeira, deixa claro que a democratização, e evidentemente o