Florestan Fernandes

Florestan Fernandes - "Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde".

Nasceu no dia 22 de julho de 1920, em São Paulom filho de empregada doméstica, lutou para ter o nome reconhecido, pois com que sua mãe trabalhava lhe colocava outro nome –Vicente – dizendo ser este um nome verdadeiramente de pobre. Aos 6 anos, começou a trabalhar como engraxates e varios outros profissões. Muito novo abandonou os estudos só recuperando com curso supletivo. Quando já tinha 18 anos foi aprovado para o curso de Ciências Sociais, partipando em grupos da esquerda. Junto com o começo da carreira acadêmica, Flroestan escreveu seu primeiro artigo para o jornal O Estado de S.Paulo, O Negro na Tradição Oral. No ano seguinte, tornou-se assistente do Professore Fernando de Azevedo na cadeira de Sociologia II. Depois do golpe militar de 1964, Florestan enviou uma carta à polícia protestando contra o tratamento dado a seus colegas presos e foi, ele também, para a prisão. Em 1969 foi cassado pelo regime militar. Sem poder trabalhar, deixou o Brasil e lecionou em universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Quando conseguiu voltar ao Brasil elegeu-se deputado federal em 1986 e 1990.
Sua carreira é marcada pela publicação de 80 livros, entre eles A Revolução Burguesa no Brasil e Sociedade de Classes e Subdesenvolvimento. Além de estudos sobre a relação entre a psique, a personalidade e a sociedade. Para ele, a experiência onírica, parte do princípio de que os sonhos só existem e são memorizados quando o sonhador está desperto. O sonho é aquilo que é compartilhado e que depende de ouvintes. Na teoria freudiana, os sonhos são uma manifestação divina, premonição ou manifestação de desejos e angústias inconscientes.
O sociólogo destacou-se também na educação, sobretudo no fim de sua vida, concentrando-se na área de ensino. Junto ao italiano Antonio Gramsci (1891-1937), militou em favor do socialismo e acreditavam que a educação e a ciência possuem juntas