Fiscalização das contas públicas
Paolo Cugini
Passei duas semanas no meado do mês de maio dando palestras nas escolas, em qualquer ocasião aonde se reunia o povo da Igreja falando sobre a campanha Estadual: “QUEM NÃO DEVE NÃO TEME”, uma campanha que desde o começo – era o ano 2005 – teve a participação ativa e parceria da diocese de Ruy Barbosa. Achei que numa cidade como Pintadas, que tem um histórico positivo de lutas sociais que levaram o povo na luta política e conquistaram o poder, encontrasse a sensibilidade e o apoio necessário para levar para frente esta campanha social. Na realidade foi o contrário. Desde o ano passado quando falei pela primeira vez desta campanha, o pessoal começou a ficar meio suspeitoso, a dizer que agora não precisavas mais. Desde o ano passado percebi que a lógica do poder não salva ninguém, o quase. Anos de lutas sociais parecem que serviram somente para chegar lá e depois sentar e fazer de tudo para que ninguém tire aquilo que foi conquistado com tanto suor: o poder.
A importância desta campanha é envolver o povo para ficar consciente dos próprios direitos, além dos próprios deveres. Qualquer coisa que estimule os cidadãos a sentir a responsabilidade pela coisa publica, deve ser abraçado com tudo. Já vivemos num contesto sócio-político – o Nordeste Baiano - que vem se arrastando desde sempre de um atraso causado pela classe política dominante – seja ela qual for – que utiliza o poder para se abastar. É esta a triste situação que podemos constatar nos municípios da nossa redondeza. Até quando a lei brasileira não mudar, o quadro vai ser este. No Brasil no cofre das prefeituras chega o dinheiro de tudo aquilo que acontece na cidade: Saúde, educação, esporte, etc. Desta maneira o grupo que chega a prefeitura toma conta de tudo. Além disso, é um sinal de atraso democrático o fato que os cargos mais importantes da cidade sejam cargos de confiança e não de competência. E assim encontramos nas