Filosofia Medieval
O trabalho a seguir tem o intuito de informar sobre a Filosofia durante o período da Idade Média, elaborando sobre os escritos e ensinamentos de vários autores filosóficos do período. Enquanto a imagem da era medieval é uma que valoriza o teocentrismo e, em muitos estereótipos, desvaloriza a razão, a verdade está longe disto. A filosofia medieval é extensa, e a valorização dada à religião ajudou o desenvolvimento de diversas correntes filosóficas, unindo a fé com o desejo pela sabedoria. Pode-se observar um grande valor dado aos pensamentos dos filósofos gregos, com um forte toque neoplatônico em diversos pensamentos da filosofia medieval. Este trabalho irá evidenciar isso, elaborando sobre o filtro filosófico que os autores da época aplicavam em seus pensamentos sobre diversos assuntos, entre eles a própria noção do divino.
De Dionísio a João Damasceno
Dionísio, O Aeropagita (também conhecido como Pseudo-Dionísio) foi um filósofo e teólogo dos séculos V e VI, cujos escritos exerceram uma forte influência na filosofia da Idade Média. Pouco é conhecido sobre sua vida, e é possível que o nome dele nem seja Dionísio (por isso o nome de “Pseudo-Dionísio”). A obra que contribuiu para sua importância no campo filosófico e intelectual da época é um conjunto de textos conhecido como Corpus Areopagiticum, dividido em 4 tratados e 10 cartas.
Suas obras são caracterizadas por terem uma forte característica mística e influências Neoplatônicas. Seus ensinamentos tratam a figura divina como sendo um sistema universal e incompreensível para a mente humana, transcendendo infinitamente nossas noções de o que é real e o que é falso. O alcance do diálogo humano é grandioso o suficiente para descrever o conceito divino de Deus, mas Dionísio ainda procura defini-lo com palavras como “Bem”, “Unidade”, “Beleza”, etc.
Tudo que possuí o mérito de ser considerado como real veio de Deus, com a missão de realizar um propósito; disseminar a mensagem do