A Filosofia Medieval
A filosofia medieval é a filosofia da Europa no período conhecido como Idade Média, sendo este compreendido entre a queda do Império Romano no século V d.C até a Renascença no século XVII. A filosofia medieval é definida, em parte, pela necessidade de tratar de problemas teológicos e integrar a sagrada doutrina do cristianismo com o conhecimento secular.
A filosofia medieval introduziu a idéia de criação do mundo, idéia de pecado original, idéia de trindade, e idéia de juízo final. Ela tem como objetivo impor verdades reveladas, e conciliar Fe e razão.
Na Idade Média, ocorreu um intenso sincretismo entre o conhecimento clássico e as crenças religiosas. De fato, uma das principais preocupações dos filósofos medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da Igreja Cristã e da Religião Islâmica, tais como a da existência de Deus, a imortalidade da alma etc.
Na Idade Média não existia uma Filosofia, mas correntes de opiniões, doutrinas e teorias, denominadas de Escolástica. Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho são seus principais representantes. Buscava-se conciliar fé com razão. O método utilizado é o da disputa: baseando-se no silogismo aristotélico, partiam de uma intuição primária e, através da controvérsia, caminhavam até às últimas conseqüências do tema proposto. A finalidade era o desenvolvimento do raciocínio lógico
A emergência da filosofia medieval é surpreendente à luz da oposição entre o Cristianismo e a filosofia, oposição que data dos tempos em que São Paulo denunciava a “sabedoria do mundo” (especificamente, a sabedoria dos gregos). Mas falando historicamente, quando Paulo foi realmente confrontado com filósofos no monte do Aerópago em Atenas, assumiu uma linha conciliatória, notando semelhanças entre seus ensinamentos e os versos de um poeta estóico. No antigo mundo mediterrâneo, a filosofia não consistia de uma reflexão separada do