Filmes radiograficos
As teorias motivacionais me fazem acreditar que, quando as pessoas realizam um trabalho, seja ele qual for - jardinagem, modelo de nave espacial, decisão mercadológica -, colocam nele seu raciocínio, sua emoção, sua capacidade motora, enfim, a pessoa coloca-se no trabalho. Produto e produtor não se separam. Com esse sentido que aqui estou dando, o trabalho pertence à pessoa que nele colocou seu esforço.
Por outro lado, é natural do ser humano gostar de sentir-se importante, de ser reconhecido. Se é assim, ele vai buscar a recompensa por aquele esforço que fez.
Quando o reconhecimento não se dá, ocorre a frustração, o vazio e o ser humano não pode experimentar o vazio. Então, ele vai buscar preenchê-la. Como? Por meio de mecanismos de defesa que, quase sempre, são inconscientes. Embora no fundo todos tenham um componente psicológico, posso agrupá-los em quatro ordens: psicológicos, sociológicos, químicos e tecnológicos. Você pode discriminar cada uma dessas ordens? Eis minha discriminação, meu detalhamento, acerca das ordens psicológicas, sociológicas, químicas e tecnológicas dos mecanismos de defesa.
Veja se ele coincide com o que você apontou.
Mecanismos de defesa psicológicos são, por exemplo, a racionalização, a fantasia, a projeção, o deslocamento, o simbolismo, a sublimação, o isolamento, a compensação, a regressão, a apatia, a generalização, a somatização. Vamos ver o que significa cada um deles?
Racionalização é uma justificativa que se dá para o que se sente ou se faz. Aplica-se sob medida a esse mecanismo a fábula de La Fontaine, A raposa e as uvas. A raposa queria comer as uvas que estavam na videira, lá no alto, mas não podia alcançá-Ias. Então, racionalizou: Também, eu não queria. Elas estão verdes. Contam também um caso de alguém que comprou um bilhete da loteca, certo de que iria ganhar. Afinal, até sonhou que estava dirigindo um Mercedes Benz ... Não ganhou. Racionalizou: Ser rico é chato.
Fantasia