filme a vida é bela
Wilson Luiz Przysiezny. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas - Ergonomia
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Resumo
As doenças ocupacionais não são recentes. No Brasil, o fenômeno chega na década de
1980, quando começam a ser descritos os primeiros casos de LER em digitadores. As estatísticas demonstram um crescimento no número de casos de DORT, tendo como vítimas, além dos digitadores, bancários, telefonistas, operadores de caixa registradoras, operários das linhas de montagem nas fábricas, auxiliares de enfermagem e muitos outros, com maior ou menor acometimento. O que antes parecia ser uma doença isolada, causada por susceptibilidade do trabalhador que é exposto aos riscos, começou a se identificar como epidemia, pois facilita a condição de estabelecer o nexo causal do fato. A linguagem empregada quando se aborda o tema
LER/DORT, ainda é bastante confusa e de terminologia variada na literatura sobre o assunto. É fundamental que se perceba que a LER/DORT não é uma doença ou uma entidade nosológica, pois, representam um conjunto heterogêneo de afecções do sistema músculo esquelético que estão relacionadas ao ambiente de trabalho. Porém, o novo termo Distúrbios Osteomusculares
Relacionados com o Trabalho ainda não é satisfatório, pois, as afecções ósseas e ocupacionais são quase todas exclusivas dos acidentes de trabalho e o termo também exclui os distúrbios ligamentares e as neuropatias compressivas periféricas Mais apropriado poderia ser Distúrbios
Ocupacionais Relacionados ao Trabalho. A incidência maior é no sexo feminino justificada por questões hormonais, pela dupla jornada de trabalho, pela falta de preparo muscular para determinadas tarefas e também por ter aumentado o número de mulheres no mercado de trabalho.
Algumas situações propiciam esta alta incidência das DORTs, destacando-se a