Fichamento SOCIEDADES CONTRA O ESTADO
Vem sendo falado ao longo do presente trabalho que as sociedades primitivas sempre buscaram manter a igualdade como elemento jurídico fundamental dentro de seu povo. Buscavam a todo custo manter uno o seu grupo social, rejeitando quaisquer tipos de divisão interna. O desejo pela unidade era tão grande a ponto de realizarem rituais sangrentos, comentados anteriormente, utilizando-se dos corpos dos jovens garotos para deixarem a marca, a marca da igualdade. O Estado surge para garantir, por meio da força, que a divisão interna já estabelecida, se mantenha, sob pena de sanção àqueles que discordarem de suas leis, vindo, então, a desobedecer a norma base da sociedade. Portanto, o Estado tem a função de manter em vigor a desigualdade. Sabe-se que as sociedades primitivas prezavam pela igualdade. Eram contra todos os tipos de divisão; não tinham subordinados, nem poder central. Apesar dessa vontade de manter a unidade plenamente estabelecida, em um determinado momento a organização do grupo social falhou. O Poder Central apenas se estabeleceu porque faltou, em determinado momento, criatividade institucional àquele grupo. As sociedades primitivas não tiveram criatividade suficiente para se manterem sem o Estado, para afastar de si mesma toda forma de controle e poder. A partir do instante em que o Estado aparece, se estabelecem divisões hierárquicas entre dominantes e dominados, entre os que detêm o poder e os que se subordinam a ele, constituindo prerrogativas de poder para que os “poderosos” exerçam força. A instituição política do Estado é criada para embasar e resguardar os próprios interesses da nova classe de poder. Então, para que não se descumpram as leis, o novo Estado impõe a lei e subordina os indivíduos a sanções caso queiram e venham a desobedecer a ordem de seus “superiores”. O Estado permite o uso da violência como punição, e é assim que se legitima. Como citado