Fichamento - Necessidade do estado em Hobbes
“As próprias leis da natureza, que são a justiça, a equidade a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer os outros o que queremos que nos façam, são facilmente, na ausência de um poder ameaçador substituído pelas paixões naturais.” Pág.62.
“Designa algo o homem ou uma assembleia de homens como representantes de suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que representa sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo que disser respeito a paz e segurança comuns; todos submetendo assim a sua vontade, a vontade do representante, e suas decisões a sua decisão. É uma verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo que é como se cada homem dissessem a cada homem: cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isto, a multidão assim unida em uma só pessoa se chama estado. Pois graças a esta autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido o uso de tamanho poder e força que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz no seu próprio país, e da ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros. A essência do Estado. Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usara força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum”. (Hobbes, 1988, p.105-106). Pág. 64.
“O Estado é um monstro não tanto pelo poder absoluto que detém sobre os homens – aspecto do pensamento de Hobbes que, segundo muitos intérpretes, justificaria o absolutismo. O que há de monstruoso no Estado é seu caráter artificial: quem o ocupa pode ser um homem ou