Fichamento HOBBES: O MEDO E A ESPERANÇA, DE RANATO JANINE RIBEIRO

FICHAMENTO DO TEXTO HOBBES:OMEDO E A ESPERANÇA,DE RENATO JANINE RIBEIRO

Hobbes afirma, baseado na sua hipótese de Estado Natureza, que o Estado/sociedade originou-se a partir de um contrato no qual os homens estabeleceram regras de convívio social e subordinação política.
Esse pensamento foi criticado por volta da metade do séc. XIX por Sir. Henry Maine, afirmando ser impossível os homens em seu estado natureza ( ou seja para Maine,selvagens)elaborarem um contrato, pois isto só acontece através de uma longa experiência de vida em sociedade.

-"A guerra se generaliza”

De acordo com Renato Janine Ribeiro, Maine comete um erro na sua crítica pois no Estado Natureza de Hobbes os homens não são selvagens, eles vivem em sociedade e o Estado Natureza do homem não muda ao longo do tempo.
Hobbes acredita que os homens são iguais tanto em força como em espírito e que as diferenças entre um e outro homem não são suficientes para tornar um mais ou menos beneficiado pela natureza. As diferenças entre os homens em sua maioria são adquiridas com a experiência em sociedade e, mesmo assim, esses continuam tão iguais.
A conclusão obtida através desses pensamentos é que nenhum homem pode triunfar de maneira total sobre o outro, apesar de todos os homens se enxergarem melhores que os demais. Além disso, por desconfiarem um dos outros, sentem a necessidade de tomar atitudes antecipadas às ações alheias. Por não ter consciência se podem ou vão lhe fazer algum mal, o homem ataca o outro para vencê-lo e/ou por prevenção. Desta forma a guerra prevalece e se generaliza pois todos possuem esse mesmo pensamento.
Por outro lado, a guerra não se generaliza somente pela busca da segurança, pois ainda que isso fosse alcançado, muitos buscam o lucro e ,pior ainda,a glória e para isso destroem e subjugam entre si. Sendo assim, nota-se a quebra do axioma de Aristóteles, no qual considera os homens sociáveis por natureza e com isso confirma-se o pensamento de Hobbes, de que o homem