Fichamento massaud moises
Disciplina: Literatura Portuguesa I.
Docente: Olívia Aparecida Gomes França.
Turma: V Semestre.
Análise Poética
Alto Araguaia, 09 de Dezembro de 2011.
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda que se chama o coração.
Por Fernando Pessoa
O poema acima apresentado pertence a Fernando Pessoa, onde o mesmo aborda sobre a teoria do fingimento poético, visto que o poema não traduz o que o poeta sente verdadeiramente, e sim o que ele supõe sentir a partir de uma recordação do passado, o poeta torna-se assim, um fingidor que escreve uma emoção fingida, pensada, isto é, fruto da razão e da imaginação e não a emoção sentida pelo coração, que apenas chega ao poema representado na emoção trabalhada praticamente.
O leitor não chega a sentir a emoção vivida pelo poeta, nem a emoção por ele fingida no poema, sente apenas o que na sua inteligência é provocado pelo poema, dessa forma, a poesia, segundo Pessoa, é a intelectualização da emoção. A grande característica das obras de Fernando Pessoa resume-se no poder em o autor possui em fazer com que o leitor de seus textos reflita acerca de sua vida. Seus textos são repletos de emoção por isso suas obras são tão famosas. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888 e faleceu na mesma cidade em 30 de Novembro de 1935. Além de escritor ele foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário. No decorrer da leitura, verificamos que o poema é dividido em três quadras,