fichamento estética das favelas
Fragmento: A autora usa esse termo como resultado da forma fragmentária de construir nas favelas, baseada na idéia de abrigo. Os barracos são construídos inicialmente a partir de fragmentos de materiais encontrados e o primeiro objetivo do construtor é de se abrigar ou de abrigar sua família. Não existe nenhum projeto preestabelecido, o barraco evolui constantemente até chegar à casa em alvenaria, mas a construção nunca acaba, estão constantemente em obras. As novas casas em alvenaria são fragmentárias pois se transformam de uma forma contínua. A construção é cotidiana, continuamente inacabada.
Labirinto: Esse termo se baseia no estudo do conjunto de barracos, do processo urbano labiríntico das favelas, que é muito diferente do espaço desenhado por urbanistas. São os espaços deixados livres entre os barracos que formam as vielas e os becos das favelas, a figura do labirinto aparece quase que naturalmente ao “estrangeiro” que anda por lá pela primeira vez. Os caminhos internos da favela provocam a sensação labiríntica ao visitante principalmente pela falta de referências espaciais urbanas habituais. Se perder faz parte da experiência espacial do labirinto-favela, este não possui uma planta, não foi projetado, é muito mais complexo, pois ele não é fixo, está sempre se transformando. O tecido urbano labiríntico cheio de surpresas, que causa uma percepção espacial que é praticamente impossível de ser prevista pois não há um projeto urbanístico, particularidade esta, fundamental de um labirinto.
Rizoma: A autora utiliza esse termo para se tratar da ocupação selvagem dos terrenos pelo conjunto de barracos, e sobretudo ao crescimento rizomático das favelas formando novos territórios urbanos. Ela afirma que os barracos aparecem no meio da cidade, entre seus bairros convencionais, exatamente como a erva que nasce no meio da rua, criando enclaves, formando um novo território urbano, uma cidadela dentro da cidade. As