Fichamento estética das favelas
Sempre houve um tabu em se tocar nas questões culturais e principalmente estéticas das favelas.
A arquitetura das favelas faz parte do nosso patrimônio artístico e cultural, nesse texto ela foi exemplificadas em três figuras conceituais que são :
Fragmento : São constrúidas por fragmentos achados por acaso pelos construtores (quase sempre o próprio morador), assim são fragmentados formalmente. Normalmente como são feitos rápidos apenar para abrigar-se, com o tempo vão trocando os materiais. O barraco evolui sempre, até chegar na alvenaria, e mesmo depois de chegar a esse nível, a construção não para, continua sendo fragmentada e aumentada aos poucos.
Labirinto : É muito diferente do espaço desenhado por urbanistas, se baseia no conjunto dos barracos, no qual só entende o percurso quem convive por la. O visitante sente uma sensação labiríntica, devida a falta de referências espaciais urbanas. O labirinto favela é muito complexo, pois ele não foi planejado e não foi acabado, ele esta sempre em modificação, se transformando.
Rizoma : Forman-se novos territórios urbanos, pelo conjunto de barracos e ao crescimento rizomático das favelas, fundamentados pelo conceito de comunidade independente de qualque planejamento urbano. Uma analogia interessante é que “Os barracos aparecem no meio da cidade, entre seus bairros convencionais, exatamente como a erva que nasce no meio da rua, dos paralelepípedos ou mesmo do asfalto, criando enclaves, micro-territórios dentro de territórios mais vastos.” Fazendo assim uma forma “Orgânica”