Fichamento: Ecletismo em São Paulo

São Paulo viveu desde o final do século XVIII, sem nenhum progresso material, mostrando-se uma cidade tediosa e sem novidades européias, praticamente não mudou sua arquitetura. Nem mesmo estando próximo ao Rio de Janeiro conheceu muitas novidades do Neoclássico trazidos pela Missão Francesa.
São Paulo então podia ser vista como uma cidade atrasada, onde se teve apenas um relato sobre uma obra neoclássica. Mas a evolução da cidade começa a se dar com a suplantação do café sobre o açúcar e a instalação da estrada de ferro, pelos ingleses, em 1867. Após 4 anos depois São Paulo recebe a chegada de outras ferrovias, e então obrigatoriamente passase todo o café e a riqueza pela cidade, e fez com que a cidade de Santos crescesse e desativasse os portos de São Sebastião, Ubatuba, Mambucaba e Parati.
A partir daí Santos manda para São Paulo as novidades do mundo. Se enquadrando perfeitamente para receber o Ecletismo. O grande capitalismo da cidade fez surgir grandes empreendimentos imobiliários, lojas instaladas, restaurantes, luxuosas confeitarias, hotéis de alta categoria iguais aos europeus, ou seja, a influência francesa estava tomando conta nos cardápios, na moda e até mesmo no jeito de se vestir.
Gente de fora foi atraída pela fortuna fácil através de trabalhos peculiares, como a costura e alfaiataria, fotografia e culinária, e principalmente as atividades liberais. E é com essa gente de fora que faz com que a imigração só aumentasse. São Paulo recebe imigrantes de todas as partes do mundo e a velha taipa de pilão é substituída pelo tijolo.
Em 1875 a cidade tinha menos de 3 mil edifícios, e em 1900 a capital do café abriu o século com 21 mil edifícios no perímetro urbano. Não somente números estatísticos, mas o que aconteceu é que quase todas as obras de taipa foram derrubadas e substituídas pelos tijolos.
Com toda essa quantidade chega a vez da qualidade, hora de banir as marcas roceiras e expor soluções com invenções formais. Variando e não repetindo, porém