Ecletismo em São Paulo
Inicialmente, o café trouxe a prosperidade às cidades do Vale do Paraíba e com isso São Paulo tornou-se líder do centro político e econômico do país. A chegada da ferrovia trouxe também, uma maior circulação, onde se passava obrigatoriamente o café e a riqueza. Esse cenário foi propício para o surgimento do Ecletismo, sinônimo do progresso e linguagem do poder econômico. Com ele o crescimento de vários empreendimentos imobiliários, grandes negócios e o próprio aumento do comércio tornaram-se inevitável para tal acontecimento.
Inspirado no Ecletismo Europeu, em São Paulo tornou-se uma arquitetura própria da cultura burguesa, onde priorizavam o conforto e a cidade nessa época começava a trabalhar com a ideia da “cidade higienista”, pensando em seu saneamento entre outros fatores. A clientela burguesa exigiu esse melhor desenvolvimento nas instalações técnicas, nos serviços sanitários da casa, na sua distribuição interna, que solicitou uma evolução rápida das tipologias em diversos novos projetos que acabará de surgir naquele novo tempo. Foi uma arquitetura que valorizou as superfícies decorativas, especialmente as fachadas voltadas para as vias públicas, valorizando assim o espaço privado no interior das edificações. Com o Ecletismo, baniu-se de uma vez por todas a marca do provincianismo roceiro de tempos atrás.
Um exemplo do ecletismo em São Paulo, foi no fim do século XIX, onde queria-se uma monumentabilidade arquitetônica que a cidade ainda não conhecia, foi então que o arquiteto Gaudêncio Bezzi, iniciou o projeto de um grande edifício comemorativo da Independência do Brasil, no bairro do Ipiranga, trazendo uma alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade na época. Em 1986, Ramos de Azevedo, vindo de Campinas, inicia suas obras paulistanas na cidade, entre elas, o Teatro Municipal que