FICHAMENTO DE CITA O
André Camargo da Silva¹
MOISÉS, Massaud. A Criação Literária, Prosa-I, FÔRMAS EM PROSA. O CONTO. A NOVELA. O ROMANCE. 18ª edição de ordem. 9ª edição Cultrix. São Paulo, 1967.
1. "A palavra "conto" possui, em vernáculo as seguintes acepções: 1) número, computo, quantidade (...) 2) história, narrativa, historieta, fábula (...) 3) extremidade inferior da lança, ou do bastão (...) Em Portugal (...) o vocábulo ainda designa a "rede de pesca em forma de saco, cuja boca é cosida a um círculo de ferro, que se amarra segundo o diâmetro a uma vara". " (p. 29)
2. "No século XVI, a palavra assumiu sentido próprio, contemporaneamente ao surgimento do primeiro contista do Idioma na acepção moderna: Gonçalo Fernandes Trancoso, autor dos Contos e Histórias de Proveito e Exemplo (1575) (...)" p. 30
3. "Ao longo do movimento romântico, empregava-se o vocábulo "conto" no sentido de narrativa popular, fantástica, inverossímil." (p. 31)
4. "Nas últimas décadas do século XIX, com o advento do Realismo, o conto literário entrou a ser cultivado amplamente, iniciando um processo de requintamento formal que não cessou até os nossos dias." (p. 31)
5. "Algumas teorias têm sido aventadas para explicar a gênese do conto, como a indo- europeia (...) a origem do conto remontaria aos mitos arianos, em circulação na pré-história da Índia, tida como o renascedouro do povo indo-europeu." (p. 32)
6. " Por seu turno a teoria etnográfica, defendida por Andrew Lang, na Inglaterra, propunha que o conto (...) teria brotado ao mesmo tempo em várias culturas, geograficamente afastadas." (p. 32)
7. "A teoria ritualista(...) postulava que as personagens dos contos são a "lembrança de personagens cerimoniais"de ritos populares caídos no esquecimento." (p. 32)
8."Como "forma simples" o conto entranharia no folclore, aproximando-se da fábula e do apólogo (...) e como "forma artística" o conto seria literário propriamente dito, por apresentar autor próprio, desligado da tradição