Fichamento Condição Pós-Moderna
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1993.
Parte I: Passagem da Modernidade à pós-modernidade na cultura contemporânea
Capítulo 1: Introdução
“Soft city, de Jonathan Raban (...) foi escrito no auge da história intelectual e cultural em que algo chamado ‘pós-modernismo’ emergiu de sua crisálida do antimoderno para estabelecer-se por si mesmo como estética cultural”.
“À tese de que a cidade estava sendo vitimada por um sistema racionalizado e automatizado de produção e consumo de massa de bens materiais, Raban opôs a idéia de que, na prática, se tratava principalmente da produção de signos e imagens. Ele rejeitava a concepção de uma cidade rigidamente estratificada por ocupação e classe, descrevendo em vez disso um individualismo e um empreendimentismo disseminados em que as marcas da distinção social eram conferidas em larga medida pelas posses e pela aparência”. Ao suposto domínio do planejamento racional, Raban opôs a imagem da cidade como uma ‘enciclopédia’ ou ‘empório de estilos’ em que todo o sentido de hierarquia e até de homogeneidade de valores estava em vias de dissolução. O morador da cidade não era, dizia ele, alguém necessariamente dedica à racionalidade matemática (ao contrário do que presumiam muitos sociólogos); a cidade parecia mais um teatro, uma série de palcos em que os indivíduos podiam operar sua própria magia distintiva enquanto representavam uma multiplicidade de papéis”. P.15
“A cidade, insiste Raban, é um lugar demasiado complexo para ser disciplinada dessa forma; labirinto, enciclopédia, empório, teatro, a cidade é lugar em que o fato e a imaginação simplesmente têm de se fundir” (...) “individualismo subjetivo (...) ‘A identidade pessoal tinha se tornado suave, fluida, interminavelmente ‘aberta’ ao exercício da vontade e da imaginação”. P.17
“(...) é o posicionamento auto-referencial dos autores diante de si mesmos como sujeitos, Cindy Sherman é considerada uma