1.0 A ciência apresentada como a única forma legítima de ler o mundo.
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – DCHT CAMPUS XVII – BOM JESUS DA LAPA
COLEGIADO DE ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE: Metodologia Científica
DOCENTE: Wesley Borges
DISCENTE: Tailene Silva SEMESTRE: 1º T./2014.2
FICHAMENTO
REFERÊNCIA
HENNING, P. C.; CHASSOT, A. I., A Ciência e sua Constituição na Modernidade: possibilidades para pensar o presente. Percursos, Florianópolis, v. 12, n. 1,2. 2012 p. 168-182
1.0 A ciência apresentada como a única forma legítima de ler o mundo.
1.1 Pensar a ciência como portadora da verdade, legitimadora de conceitos que demonstram o que podemos considerar/aproveitar para nossas vidas, por muito tempo (e talvez ainda), foi o que entendemos por validação da produção científica. Na virada do século XIX para o XX a Ciência era quase uma nova religião detentora de saberes, assentada em quase dogmas.
1.2 A Ciência não foi a única maneira de revelar o conhecimento produzido. Antes dela, e com ela, existiram/existem outras: os mitos, o pensamento mágico, a religião, o senso comum, os saberes populares. Aqui não se elege a Ciência o melhor dos óculos para ler o mundo natural e muito menos se defende a exclusividade de um dos artefatos culturais, até porque, por exemplo, mesmo aderindo ao heliocentrismo, usamos o senso comum (ou professamos o geocentrismo) quando nos encantamos com um pôr do sol.
1.3 A ciência, como nos diz Foucault (2004), é uma vontade de verdade.
2.0 Da modernidade para a pós-modernidade.
2.1 Compreender que o paradigma da Modernidade já não dá mais conta das perplexidades contemporâneas faz com que muitos de nós questionemos as metanarrativas cristalizadas por séculos. Anuncia-se, então, um paradigma pós-moderno, no qual não existe privilégio de olhares, existem sim deslocamentos e deslizamentos que começam (ou talvez terminem?) em locais não-científicos.
2.2 Latour (2000) trás o entendimento de que a Pós-modernidade