Fichamento do texto: “Condição Pós-Moderna” - David Harvey
pós-modernismo no campo da arquitetura e projeto urbano. Ele acredita que o
planejamento e o desenvolvimento urbano devem acontecer em “larga escala”, mas
aponta que, ao invés disso, os pós-modernistas cultivam um conceito de tecido
urbano completamente fragmentado, tornando o projeto urbano sensível apenas às
historias locais, aos desejos, necessidades e fantasias particulares, com formas
arquitetônicas especializadas, monumentalizadas, passando sempre pelo ecletismo
de estilos arquitetônicos.
O autor continua seu pensamento analisando as concepções modernistas e
pós-modernistas. Harvey explica que os modernistas pensam no espaço como algo
a ser moldado, pensando no aspecto social, e alega que os pós-modernistas veem o
espaço como uma coisa independente, autônoma, algo a ser moldado através de
princípios estéticos, uma “beleza desinteressada”.
David Harvey aponta que o sentido dessa mudança é dado por diversos
motivos. Ele diz que o ambiente construído constitui um complexo de experiências
urbanas, onde nos espaços podemos criar uma gama de “possíveis sensações e
praticas sócias”, da mesma forma que podemos moldar ambientes que se tornem
duros, rígidos, podemos moldar o inverso. Um exemplo de espaços rígidos é citado
pelo autor quando analisa as criticas feitas pelo arquiteto inglês Leon Krier contra os
modernistas, onde ele aponta que o planejamento urbano feito por eles “quase
sempre trabalha com o zoneamento monofuncional”, dado pela construção de
“artérias artificiais”. Um exemplo citado são os arranha-céus, conceituado como
“superconcentrações verticais de um mesmo uso numa zona urbana, num programa
de construção ou sob o mesmo teto”. Harley diz ainda que Krier, assim como outros
pós-modernistas europeus buscam a restauração e recriação tecidos urbanos
tradicionais, clássicos,