Trampos
Segundo abordagem da filosofia ocidental a divisão cartesiana entre sujeito e objeto, conhecedor e conhecido, deu origem a uma visão de organização como mecanismo para “processamento de informação”. Segundo essa visão, uma organização processa a informações a partir do ambiente externo, para se adaptar a novas circunstâncias. Essa visão tem uma limitação fundamental, ela na realidade não explica a inovação. Quando as organizações inovam, elas não só processam informações, de fora para dentro, elas criam novos conhecimentos e informações, de dentro para fora, a fim de redefinir tanto os problemas quanto as soluções e, nesse processo, recriar seu meio.
Conhecimento e Informação
Três observações são importantes aqui. Primeira, o conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a crenças e compromissos. O conhecimento é uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção específica. Segunda, o conhecimento, ao contrário da informação, está relacionado à ação. É sempre o conhecimento “com algum fim”. E terceira, o conhecimento, como a informação, diz respeito ao significado. É específico ao contexto e relacional.
O conhecimento nesta teoria está definido como “crença verdadeira justificada”, enquanto que na epistemologia ocidental concentrou-se na “verdade” como atributo essencial do conhecimento. Enquanto a epistemologia tradicional enfatiza a natureza absoluta, estática e não-humana do conhecimento, em geral expressa em proposições e pela lógica formal, nesta teoria é considerado como um processo humano, dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à verdadde.
Embora os termos “informação” e “conhecimento” sejam usados com frequência como termos intercambiáveis, existe uma nítida distinção entre informação e conhecimento. Como diz Bateson (1979): “A informação consiste em diferenças que fazem diferença” (p. 5). A informação proporciona um novo ponto de vista para interpretação de eventos ou objetos, o que torna