Ficha tecnica
A cobertura é de telhas de barro, porém peças metálicas foram empregadas na estrutura da casa. A fusão entre elementos aparentemente díspares foi realizada pelo arquiteto Luiz Eduardo Índio da Costa na residência que projetou em condomínio de moradias em Cotia, SP.
A harmonia entre esses componentes revela-se sobretudo nos interiores desenhados para constituir prolongamento do jardim e da paisagem.
No projeto, o arquiteto combinou elementos encontrados na arquitetura tradicional com outros costumeiramente associados à tecnologia mais moderna, uma constante em sua obra residencial.
A tradição está presente na cobertura, que emprega telhas de barro e tem estrutura de madeira, enquanto símbolos da leveza e modernidade - estruturas e treliças metálicas - são exibidos na base da edificação.
Para uma residência de grande dimensão - são 1400 metros quadrados de área construída -, as faces externas revelam despretensão, que esconde, no entanto, o requinte técnico e o refinamento plástico do interior. Vista de fora, prevalecem as imagens das estruturas de madeira que sustentam o telhado e as aberturas envidraçadas presentes nos vários volumes.
O arquiteto explica que procurou favorecer a relação dos interiores com a natureza, abordagem que está na essência de outras moradias que tem projetado no Rio de Janeiro.
Concebida em um único pavimento disposto em dois níveis, a moradia é constituída por três volumes, cuja implantação configura uma planta em U. “O fracionamento decorre da necessidade de integrar a casa com o jardim e a natureza”, explica Índio da Costa.
Ambientes sociais, áreas de serviço e dependências íntimas foram alocados nos três volumes. A parte social é parcialmente abraçada por varandas e, por sua vez, envolve um pátio central aberto. Paredes de vidro, tesouras de telhado envidraçadas e pé-direito de mais de seis metros ligam o jardim ao interior da casa.
Nesses setores, piso e paredes foram revestidos com mármore