Farmacovigilância e vigilância sanitária
Farmacovigilância
Segundo a OMS, farmacovigilância define-se como a ciência que realiza a recolha, pesquisa, controlo e avaliação da informação divulgada por profissionais de saúde e doentes relacionadas com fenómenos adversos decorrentes da ação de medicamentos e dispositivos médicos. Através da monitorização de reações adversas, a farmacovigilância tem a capacidade de maximizar o benefício e minimizar os riscos aquando do uso dos medicamentos e dispositivos médicos no seio populacional de maneira a sustentar uma farmacoterapia segura e eficaz. Todos os intervenientes nos sistemas de farmacovigilância – autoridades na área da saúde (INFARMED), indústria farmacêutica, especialistas de saúde e doentes – devem atuar responsavelmente na atividade da farmacovigilância.
Como surgiu
O conceito de farmacovigilância surgiu em 1961 devido ao uso do medicamento talidomida, por mulheres na gravidez, que conduziu ao aparecimento de milhares de crianças com focomelia. A partir desta altura, houve uma consciencialização por parte dos profissionais de saúde das reações adversas a medicamentos, e consequente necessidade de criar estruturas de vigilância das mesmas após a comercialização dos medicamentos.
Objetivos da farmacovigilância
Monitorizar a segurança dos medicamentos na prática clínica;
Identificar de modo precoce possíveis reações adversas e proceder à avaliação dos sintomas apresentados;
Quantificar o risco das reações adversas, nomeadamente o grupo mais afetado, o medicamento com maior probabilidade de poder causar uma reação não desejada, entre outros;
Encontrar relações de causalidade existentes entre o medicamento e as reações adversas notificadas;
Transmitir aos profissionais de saúde e ao público em geral a informação que vai sendo recolhida;
Monitorizar o impacto das ações desenvolvidas.
Reações Adversas Medicamentosas
A OMS define reação adversa medicamentosa