Expressões juvenis na cultura escolar: um olhar para a escola pública
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção de título de mestre em Sociologia Política
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INTRODUÇÃO
Atribuindo ao tema um significado pessoal
Os anos todos que passei fora deste circuito foram fortemente marcados pelo desejo de fazer parte dele e este desejo, por sua vez, relacionado a uma expectativa de que o conhecimento sociológico me possibilitaria uma intervenção no social. Por que devemos voltar sempre nossos trabalhos para nossa pesquisa? Por que não privilegiamos o debate em detrimento da produção? Por que nossas produções científicas são avaliadas pela data de entrega e não pela qualidade da pesquisa realizada? A quem serve estas políticas de produção do conhecimento? Assim, como estudante desenvolvi um sonho pedagógico a partir da proposição de Marx (apud Konder, 2001, p.20) “- Quem educa o educador?” E os intelectuais formados na universidade pública, trabalham pelos interesses de quem? O sonho por sua vez refere-se a um comprometimento com a educação pública e com a produção de um conhecimento que possa ser útil fora das fronteiras da instituição acadêmica. A experiência docente num curso de formação de professores/as acentuou ainda mais meu desejo de desenvolver um trabalho de pesquisa nesta área de conhecimento buscando uma contribuição mais efetiva a estes/as futuros/as educadores/as. Foi assim que optei por desenvolver um trabalho nesta temática que discorre sobre a escola e o currículo nela implantado como formadores de práticas sociais e políticas culturais que produzem e reproduzem modos de vida, uso do tempo, sociabilidades e moldam subjetividades que revelam os caminhos e descaminhos da proposta educativa das novas gerações. 3
Por que Sociologia da Educação?
A escola, tal como nós a percebemos hoje, surge no