A juventude no contexto do ensino da Sociologia: questões e desafios.
Valores vistos pela aparência:
Nunca as características e valores ligados à juventude, como a energia e a estética corporal ou mesmo a busca do novo, foram tão louvados, num processo que poderíamos chamar de juvenilização da sociedade.
Visão do estado sobre sujeito de direito:
O jovem não é levado a sério, exprimindo a tendência, muito comum nas escolas e programas educativos, de não considerar o jovem como interlocutor válido, capaz de emitir opiniões e interferir nas propostas que lhes dizem respeito, desestimulando a sua participação e o seu protagonismo.
Discussão sobre a postura educativa do professor de sociologia na escola:
Postura de desesperança em relação às possibilidades educativas da escola, numa descrença no jovem aluno e na sua capacidade e interesse de aprendizagem.
Jovens alunos nas escolas:
Vista como enfadonha e sem interesse, com professores que pouco acrescentam à sua formação. Ela se torna, cada vez mais, uma obrigação, tendo em vista a necessidade dos Diplomas.
Hipótese sobre as tensões e desafios:
Compreender essa realidade, partimos da hipótese de que estas tensões e desafios existentes envolvendo a juventude são expressões de mutações profundas que vêm ocorrendo na sociedade ocidental, que afetam diretamente as instituições e os processos de socialização das novas gerações, interferindo na produção social dos indivíduos, nos seus tempos e espaços.
Ponto de partida:
Problematização da condição juvenil atual, sua cultura, suas demandas e necessidades.
Colocando em questão o sistema educativo, suas ofertas e as posturas pedagógicas que lhes informam.
Desafio dos professores de sociologia:
a) Buscar compreender quem são os jovens alunos que chegam ao Ensino Médio.
b) Compreendendo-os como sujeitos sociais com demandas e necessidades próprias.
c) Fazer do jovem e sua realidade objeto de pesquisa e análise nas aulas de Sociologia.
Pesquisa sobre a