Experiência e educação john dewey
Apesar de todo momento estabelecer um duelo entre a Educação tradicional e a educação progressiva, ao final de seu texto John Dewey (2010) afirma não ter como objetivo diferenciar estas duas, mas sim, através de uma análise do sistema educacional definir o que é o melhor para a educação. Até porque estas duas não são de tudo opostas, afinal seria incoerente dizer que os alunos não podem ter experiências na educação tradicional. Logo se este não era o principal objetivo do autor não nos seria conveniente fazermos o mesmo. Entretanto, o filósofo apresenta características das duas sendo elas: * Educação tradicional: o conteúdo da educação é um conjunto de informações e habilidades elaboradas no passado, tal como, regras e modelos de conduta, uma educação moral. Enfatiza o preparo do jovem para suas futuras responsabilidades através de um “plano de organização”. Nesta esfera o conhecimento se encontra nos livros didáticos e os professores são apenas um instrumento que conduzem os alunos a este material, os conhecimentos chegam ao aluno como um produto já acabado. Os métodos de aprendizagem e os comportamentos esperados são incoerentes com a capacidade de correspondência do jovem. O autor se mostra um tanto quanto receoso aos resultados deste tipo de educação. * Educação progressiva/nova: enfatiza a individualidade do aluno. É o aprendizado por meio da experiência! Neste o aluno adquire habilidades e técnicas como meios de atingir suas necessidades diretas. Seria uma educação mais condizente com a realidade do aluno. Entretanto esta apresenta alguns problemas tais como o significado da matéria curricular e de sua organização, quais os fatores de controle estão ligados á experiência? A questão nem seria rejeitar a autoridade, mas sim buscá-la sob uma nova definição, para isto seria necessário uma filosofia bem elaborada dos fatores sociais que operam na construção da experiência individual.