Evolução do trabalho
Com o passar dos anos, a ideologia protestante atribuiu um valor positivo ao trabalho, considerando-o não como punição, mas como oferenda a Deus, segundo George Washington: “trabalhe para manter viva em seu peito aquela pequena faísca de fogo celestial, chamada consciência”.
E ainda segundo Benjamin Franklin “o trabalho dignifica o homem”, e quem não trabalhava encontrava-se marginalizado, não podia ser considerado como membro da sociedade, pois não se encaixava no padrão dominante, e essa expressão sintetizou o pensamento de filósofos e sociólogos nos séculos 19 e 20.
De acordo com Martini (1999, p.55), “não se pode admitir como absoluto o princípio de que o trabalho enobrece o homem. Na verdade o que enobrece o homem são os seus conhecimentos, seja qual for sua atividade laboral”. O que seria válido caso fosse realmente posto em prática, pois no mercado atual de trabalho, o acúmulo de funções resulta apenas no acúmulo de funções e cansaço ou prejuízo físico e mental.
A história da organização do trabalho é a história do desenvolvimento tecnológico em favor da acumulação capitalista ao mesmo tempo em que é a história do sofrimento dos trabalhadores. Os avanços científicos ocorridos em nome do progresso não conseguiram eliminar as formas de exploração física e psíquica dos trabalhadores, nas fábricas ou fora delas. As técnicas de organização da produção e do trabalho, baseadas nos princípios taylorista, fordista e toyotista só fizeram aumentar estas formas de exploração.
Foram marcantes as transformações ocorridas no mundo do trabalho na virada do século XX para o XXI e o crescimento em escala mundial do desemprego é, certamente, a face mais perversa deste quadro. Constatamos que, apesar de todo o desenvolvimento científico e tecnológico, de todas as