Evolução de RH no Brasil
A administração de Recursos Humanos no Brasil tem como ponto principal, o surgimento do trabalhismo durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, na década de 30. Em 1937 é criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, além de dispositivos regulamentadores das condições de trabalho e das organizações sindicais, porém após anos de evolução das leis trabalhistas, criação por parte do governo das escolas técnicas federais, SENAI e SENAC, os trabalhadores brasileiros amargaram o golpe de 1964, que representou a perda de muitas conquistas adquiridas através da alteração na base da lei e do poder atribuído aos sindicatos. A eclosão do movimento sindical em 1978 e a recessão do início da década de 80 obrigaram as organizações a efetuar revisões nas estruturas e a mudar as práticas de gestão de recursos humanos. Próximo do final da década de 80, a divulgação e o interesse despertado pelas técnicas japonesas de gestão da produção, de incentivo ao aumento de produtividade e de melhoria contínua trouxeram o desafio de implantar práticas de envolvimento e participação dos trabalhadores. Se por um lado, a adoção de novas tecnologias exigiu maior capacitação e formação da mão-de-obra, por outro, possibilitou, como resultado, que o nível de educação formal e de informação se elevasse para uma parcela considerável de trabalhadores. Estes passaram a se posicionar de forma mais consciente, participativa e reivindicativa na sua relação com o trabalho e com a organização. Estudar a constituição da área de Recursos Humanos e sua evolução através das intensas transformações históricas permite-nos entender a importância dos papéis assumidos por ela atualmente. Sua atuação se redefiniu em função de uma constante exigência de maior participação estratégica de seus profissionais, o que, consequentemente, acarretou estratégias de realinhamento da área com o planejamento estratégico das organizações.
O PAPEL ESTRATÉGICO DA