Evolução das filosofias de GRH
Ao longo do tempo, as condições competitivas em que as organizações operam foram induzindo alterações nas formas organizacionais adotadas. A essa coevolução estão associadas diferentes filosofias de gestão de pessoas, i.e., configurações de pressupostos e ideias em que assentam as práticas de gestão. Miles e Creed identificam uma evolução filosófica que acompanha a mudança dos designs organizacionais. Quatro grandes filosofias de gestão são consideradas: tradicional, das relações humanas, dos recursos humanos e do investimento humano.
1- A filosofia TRADICIONAL corresponde à introdução da organização científica do trabalho e aceita os seus pressupostos, designadamente o carácter fundamentalmente económico do trabalho, a superioridade da racionalização como método de organização, assim como as vantagens da separação entre quem “pensa” e quem “executa” o trabalho.
2- Sucedeu-lhe a filosofia das RELAÇÕES HUMANAS, que acentuava a natureza social do trabalho. Esta filosofia, embora tentando humanizar a empresa, aceitava a preponderância da gestão e dos seus métodos de controlo. Em certa medida, corresponde à ideia de que se pode ter mais produtividade de trabalhadores satisfeitos – como se pode alcançar mais leite de vacas contentes.
3- A filosofia dos RECURSOS HUMANOS criticou o facto de as filosofias anteriores limitarem a expressividade das pessoas e o seu potencial. Inspirada por modelos como hierarquia das necessidades de Maslow, este modelo (que recebeu forte apoio nos anos 1960, nomeadamente junto dos autores do desenvolvimento organizacional) preconizava a participação e a democratização do trabalho como vias para a melhoria das organizações. O papel dos gestores, mais que o de controlarem os trabalhadores, consistira em criar contextos facilitadores do desempenho e desenvolvimento.
4- O modelo do INVESTIMENTO HUMANO atualiza o anterior, adequando-o a um contexto no qual se reconhece não apenas a necessidade de