Evolução da escrita
O desenvolvimento da escrita foi também um instrumento essencial para a evolução da ciência e um sintoma do aparecimento da nova estrutura económica, social e política, a cidade. A exigência da cobrança de impostos, em conjunto com outras exigências provenientes da distribuição e do comércio, forçou a evolução da escrita. A escrita deu lugar ao aparecimento do escriba ou do copista, indivíduos detentores das ferramentas e das técnicas de escrever. A sua importância tornou-se relevante pois o domínio da escrita facilitava a entrada nas esferas do poder.
Foi somente na antiga Mesopotâmia que a escrita foi elaborada e criada. Por volta de 4000 a.C, os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase na mesma época que os sumérios. Existiam duas formas de escrita no Antigo Egito: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida dos faraós, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para escrever.
Já em Roma Antiga, no alfabeto romano havia somente letras maiúsculas. Contudo, na época em que estas começaram a ser escritas nos pergaminhos, com auxílio de hastes de bambu ou penas de patos e outras aves, ocorreu uma modificação em sua forma original e, posteriormente, criou-se um novo estilo de escrita denominado uncial. O novo estilo resistiu até o século VIII e foi utilizado na escritura de Bíblias lindamente escritas. Na Alta Idade Média, no século VIII, Alcuíno, um monge inglês, elaborou outro